quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Formação de Professores – Bernadete Gatti



Sendo o professor um profissional que irá interagir com uma heterogeneidade de pessoas, deverá ter um conhecimento, no mínimo, básico sobre antropologia e sociologia e através de reflexões perceber como isso se dá em sala de aula para poder desenvolver conteúdos apropriados a cada turma.
O que fica perceptível através de estudos é que o professor ao ir para a sala de aula sempre assusta-se, pois não se nasce professor, mas isso se dá ao longo da carreira docente, mas para que possa diminuir este impacto consideravelmente é ao longo de sua graduação sempre ir a sala de aula, e ainda, se possível, a salas mais heterogêneas possível.
Para contribuir com uma má formação acadêmica ainda se tem a problemática de professores formadores de professores, que por sua vez não foram para a prática na sala de aula, sabendo muita teoria, mas a prática fica intangível em suas aulas. Logo se deve haver mais diálogo entre as áreas de conteúdo para que se possa aproximar a teoria com a prática, assim levando a mudanças significativas nos sistemas de ensino.
A carreira do professor não é atraente no Brasil. O salário sendo um dos principais pontos para que isso ocorra, deixa muito a desejar. Porém o que deveria ser feito é uma melhor organização do sistema, onde professores fiquem fixos nas escolas, onde possam criar e desenvolver atividades de longo prazo que favoreça aos estudantes. Assim, com resultados satisfatórios em sala de aula e na escola é possível conseguir aumentos salariais satisfatórios.
Para que se tenha um bom desempenho da escola é preciso organizar a obtenção e o uso de insumos, que deve ser dirigida através de políticas educacionais, com parcerias para não sobrecarregar o estado ou o município, e assim se ter efeito durante o tempo de apropriação e para que sejam melhor aproveitados pelos profissionais e alunos.

Formação de Professores – Marcos Lorieri



Depois do Golpe Militar de 64 ocorre uma reformulação nas Leis de Diretrizes e Bases, que tem como objetivo formar os jovens para o mercado de trabalho. Assim tendo um único formato o ensino médio, acabando com a escola normal, e os institutos de educação, que eram centros de excelência de formação de professores.
A formação dos professores de séries iniciais passou a ser dada através do novo formato de ensino médio, pelas chamadas HEM (Habilitação Específica para o Magistério), já unida ao ensino médio, sendo perdida a essência da formação do professor primário.
Na HEM existiam classes específicas para professores, mas os dois primeiros anos eram comuns a todos. E com isso todos os professores poderiam, através de concurso, lecionar a qualquer classe, ou seja, não eram professores específicos a lecionar as classes, nem para formar professores de classes iniciais, trazendo muito prejuízo à educação.
Com a nova LDB (de 1996) veio a determinação que o professor das séries iniciais deve ter formação universitária, sendo na pedagogia ou nas licenciaturas, esta última vindo de cursos de bacharelados e com poucas horas voltadas para uma formação pedagógica.
O fim da escola normal atrapalhou muito, pois com a introdução do HEM, paralelamente, se tinham dois processos de formação de professor das séries iniciais. Mas a partir de 2006 foi impossibilitado que quem se formasse em magistério lecione na rede pública. Mas ainda assim o curso de pedagogia forma precariamente profissionais, porque tem que formar para séries iniciais e para gestão escolar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016